segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

A Casa Emancipacionista e a Casa de Cultura



A população e os artistas da cidade de Mauá vem solicitar que o imóvel pertencente à municipalidade, sito na Praça 22 de Novembro, centro, seja transformado em uma Casa de Cultura, ou possível Arquivo Municipal.
Este imóvel é de grande relevância para a cidade de Mauá e seus habitantes, pois está intimamente ligado às nossas origens, uma vez que foi palco do Movimento Emancipacionista de nosso município.

Guarda ainda grande importância arquitetônica e afetiva, pois poucos imóveis de sua época continuam existindo em nossa cidade e mesmo em nossa região. Grandes projetos arquitetônicos costumam ser marcas de uma época, porém aquilo que o povo imprimiu ao erguer seus lares, acaba sendo esquecido e, muitas vezes, vilipendiado, tornando fácil a negação da importância desses espaços, como referencial de nosso cotidiano.

Nossa cidade já foi vítima da dilapidação de sua identidade quando, por interesses econômicos, foi demolida a Escola da paineira, antigo Grupo Escolar Visconde de Mauá e a própria Praça 22 de Novembro, em seu projeto original. Recentemente ocorreu a destruição da casa que pertenceu ao empresário José Cândido Cerqueira Leite, em cujo interior havia o mural em afresco de Fulvio Pennachi. Desta forma precisamos resgatar esse imóvel para garantirmos sua preservação.
O Museu e Casa de Cultura Barão de Mauá pertence a um período da História do Brasil, enquanto que a Casa Emancipacionista pode ser vista como um registro de nascimento, em alvenaria, de nossa cidade, uma vez que as reuniões e os documentos em prol da emancipação foram ali produzidos.
Sua localização em muito favoreceria o acesso das pessoas a um espaço cultural, uma vez que a grande maioria de nossa população passa todos os dias pela Praça 22 de Novembro. Essa acessibilidade tornaria esse espaço democrático, trazendo atividades culturais e resgate da memória, mais próximos dos moradores de nossa cidade. 

É sabido o quão importante é mantermos nossa memória de luta e de conquista de autonomia de nosso município, para mostrarmos à população que temos uma identidade e que esta deve ser preservada, através desse imóvel, como patrimônio cultural.

Transformá-lo em uma Casa de Cultura do Movimento Emancipacionista, viria trazer à luz, um passado de luta, que muitas vezes, fica esquecido, mas que necessita ser resgatado, para auxiliar o aumento da auto-estima de nossa população, pois quando conhecemos e entendemos o passado, conseguimos tomar as rédeas do futuro, tornando o exercício de cidadania amplo e pleno.

Um comentário:

  1. PRESERVAR A CASA EMANCIPACIONISTA EM MAUÁ E A TRANSFORMAR EM CENTRO DE CULTURA OU ARQUIVO MUNICIPAL É ANTES DE TUDO UM DEVER PARA COM A MEMÓRIA DO POVO MAUAENSE, DO ABC, PAULISTA E BRASILEIRO. POIS MANTER VIVO UM ESPAÇO NÃO É APENAS MERO CAPRICHO E SAUDOSISMO, MAS ANTES DE TUDO BUSCAR NESTES ESPAÇOS UMA ANÁLISE SOBRE O PASSADO, PARA SE COMPREENDER O PRESENTE E TENTAR MELHORAR O FUTURO. INFELIZMENTE EM MAUÁ E NO BRASIL, A HISTÓRIA NÃO É LEVADA EM CONSIDERAÇÃO, ISSO NÃO POR UM DESCUIDO TOLO, MAS PARA EFEITO DE DOMINAÇÃO, POIS UM POVO SEM PASSADO É UM POVO SEM CULTURA, SEM ZELO PELA MESMA, É UM POVO SEM IDENTIDADE, QUE FICA A MERCÊ DE UMA MINORIA DETETORA DO CONHECIMENTO, FEITO PARA LHES MANTER NA ZONA DE PRIVILÉGIOS E PODERIO. COMPANHEIROS, AMIGOS, ARTISTAS, INTELECTUAIS, ENGAJADOS OU NÃO. DIVULGUEM ESSA NOSSA LUTA PARA QUE ESTE ESPAÇO SEJA USADO PARA MEMÓRIA E CULTURA MAUAENSE, NÃO PENSEM PELO SENSO COMUM, NÃO É APENAS A MEMÓRIA CONCRETA QUE DEVE SER PRESERVADA, MAS TAMBÉM A IMATERIAL, QUE É A CULTURA E HISTÓRIA DO POVO MAUAENSE, QUE POR CONSEQUÊNCIA FAZ PARTE DA HISTÓRIA DO ABC, DE SÃO PAULO E DO BRASIL. DE ANTEMÃO ESPERO QUE MAIS ESTE ESPAÇO NÃO SEJA LITERALMENTE TOMBADO, COMO MUITOS OUTROS EM MAUÁ. SE VOCÊ É MAUAENSE E NÃO ENTENDE PORQUE NOSSA CIDADE AINDA TEM TANTA MISÉRIA E DESIGUALDADE, É POR FALTA DE MEMÓRIA E PRESERVAÇÃO DE SUA CULTURA, QUE LEVA À ACULTURAÇÃO E ACEITAÇÃO, POIS SEM PASSADO NÃO PODEMOS NUNCA ENTENDER O PRESENTE E SEMPRE ACHAREMOS QUE TUDO ESTÁ BEM OU USAREMOS DE FATALISMOS PRA JUSTIFICAR NOSSA MISÉRIA.
    GRATO
    ANDRÉ CAMARGO, POETA, PROFESSOR, MAUAENSE E BRASILEIRO

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